domingo, 28 de abril de 2013

Turbinar o cérebro

Leia para turbinar o cérebro

            Crianças que nunca ouviram histórias ou que não desenvolveram o hábito de leitura até os 10 anos perdem a chance de enriquecer as áreas do cérebro ligadas à linguagem e ao controle das emoções.
            Embora parte da capacidade cerebral de uma criança já esteja determinada na hora em que ela nasce, o ambiente em que vive nos primeiros 10 anos contribui decisivamente na formação e manutenção das conexões entre os neurônios.
            Ou seja, embora a inteligência da criança seja parcialmente determinada ao nascer, as experiências a que é submetida nos primeiros anos indicarão quanto desse potencial será utilizado.
            “Quanto mais a criança for exposta à linguagem falada, escrita, lida ou cantada, maior será sua capacidade verbal e oral ao crescer. Pais que lêem ou contam histórias aos filhos que ainda não sabem ler também influenciam positivamente a capacidade da criança de administrar suas emoções”, diz o neurocirurgião Élson de Araújo Montagno, doutor em medicina pela Universidade de Berlim.
            A formação das conexões entre os neurônios ocorre das primeiras semanas da gestação até os 10 anos, quando parte delas são eliminadas.
            Para cada habilidade ( raciocínio matemático, visão, linguagem etc.) há um período específico em que as ligações entre os neurônios se formam. Esse período é chamado de “janela da oportunidade”.
            A janela da linguagem dura do nascimento ao 10 anos. Crianças que só adquirem o hábito de ler após essa idade perdem a melhor oportunidade de maximizar o potencial cerebral com que nascem.
            “ É um crime privar a criança da leitura entre 6 a 10 anos. Na verdade, antes mesmo de começarem a falar os pais devem ler ou contar estórias aos filhos”, diz Montagno.
            O neurocirurgião recomenda que os pais transformem o hábito de ler em algo prazeroso. “ Se a leitura passar a ser uma diversão na família, a criança terá muito mais facilidade em aprender e se concentrar quando estiver na escola”.
            Para que a leitura beneficie o     desenvolvimento cerebral de uma criança ela deve  se tornar um hábito. Mas não é preciso estipular um número mínimo de livros que a criança deve ler a cada ano.
            “ Cada criança tem seu próprio ritmo. O importante é que ela leia sempre, independentemente da quantidade de livros. Os que

estão se alfabetizando gostam de ler a mesma estória várias vezes, até memorizar. Esse é um ótimo exercício”, diz.

Extraído do jornal Folha de S. Paulo.
São Paulo, 21 de fevereiro de 1999.
Daniela Falcão da Sucursal de Brasília.



Interpretação do texto:

1- Você tem hábito de ler? E sua família? Por quê?
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2- Você gota de ler qualquer tipo de texto? Por quê?
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3- O que sua escola poderia fazer para melhorar o nível de leitura dos alunos? _______________________________________________________________________________________________________

4- O que você acha que mudou em sua vida depois que aprendeu a ler e escrever?
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5- Se as pessoas não soubessem ler e escrever, o mundo seria melhor ou pior? Por quê? ____________________________________________________________________________________

6- No mundo atual, as pessoas que sabem ler e escrever têm mais oportunidades de progredir. Você acha justo que muitas pessoas não consigam ir à escola? Como se pode mudar tal coisa?


7- Que tipo de livros a turma gostaria de encontrar numa biblioteca?
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8- Como deve ser o espaço de uma biblioteca ideal?
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