domingo, 28 de abril de 2013
carta
Rio de Janeiro, 1º de julho de 1.993.
Hermengarda minha frô
É com o coração trespassado de sardade que eu escrevo estas martraçadas linhas. Suncê nem imagina o que é vivê na cidade, no meio da fumacera e dos carros pegano a gente. Um corre corre dos diabo, ninguém para pruma prosinha, nem isquenta ninhum lugá.
Se Deus quisé Hermengarda, no natá eu vorto procê. Vamo subi na invernada, oiá o rio cantano, juntinho cos passarinho. Ai, que tristeza esta terra, onde nem tem curió.
Suncê deve tá bunita, vestidinha de chita estampada, as trança voano ao vento. Hermengarda, minha minina, to sofreno do coração. Não, num é duença de peito, é vontade de vê suncê e tamém a famia toda.
Dê um beijo no pai e na mãe. Peça ao cumpadre Tonhão pra oiá minhas curtura.
De teu sincero amô,
Mané Bento
Turbinar o cérebro
Leia para turbinar o cérebro
Crianças que nunca ouviram histórias ou que não desenvolveram o hábito de leitura até os 10 anos perdem a chance de enriquecer as áreas do cérebro ligadas à linguagem e ao controle das emoções.
Embora parte da capacidade cerebral de uma criança já esteja determinada na hora em que ela nasce, o ambiente em que vive nos primeiros 10 anos contribui decisivamente na formação e manutenção das conexões entre os neurônios.
Ou seja, embora a inteligência da criança seja parcialmente determinada ao nascer, as experiências a que é submetida nos primeiros anos indicarão quanto desse potencial será utilizado.
“Quanto mais a criança for exposta à linguagem falada, escrita, lida ou cantada, maior será sua capacidade verbal e oral ao crescer. Pais que lêem ou contam histórias aos filhos que ainda não sabem ler também influenciam positivamente a capacidade da criança de administrar suas emoções”, diz o neurocirurgião Élson de Araújo Montagno, doutor em medicina pela Universidade de Berlim.
A formação das conexões entre os neurônios ocorre das primeiras semanas da gestação até os 10 anos, quando parte delas são eliminadas.
Para cada habilidade ( raciocínio matemático, visão, linguagem etc.) há um período específico em que as ligações entre os neurônios se formam. Esse período é chamado de “janela da oportunidade”.
A janela da linguagem dura do nascimento ao 10 anos. Crianças que só adquirem o hábito de ler após essa idade perdem a melhor oportunidade de maximizar o potencial cerebral com que nascem.
“ É um crime privar a criança da leitura entre 6 a 10 anos. Na verdade, antes mesmo de começarem a falar os pais devem ler ou contar estórias aos filhos”, diz Montagno.
O neurocirurgião recomenda que os pais transformem o hábito de ler em algo prazeroso. “ Se a leitura passar a ser uma diversão na família, a criança terá muito mais facilidade em aprender e se concentrar quando estiver na escola”.
Para que a leitura beneficie o desenvolvimento cerebral de uma criança ela deve se tornar um hábito. Mas não é preciso estipular um número mínimo de livros que a criança deve ler a cada ano.
“ Cada criança tem seu próprio ritmo. O importante é que ela leia sempre, independentemente da quantidade de livros. Os que
estão se alfabetizando gostam de ler a mesma estória várias vezes, até memorizar. Esse é um ótimo exercício”, diz.
Extraído do jornal Folha de S. Paulo.
São Paulo, 21 de fevereiro de 1999.
Daniela Falcão da Sucursal de Brasília.
Interpretação do texto:
1- Você tem hábito de ler? E sua família? Por quê?
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2- Você gota de ler qualquer tipo de texto? Por quê?
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3- O que sua escola poderia fazer para melhorar o nível de leitura dos alunos? _______________________________________________________________________________________________________
4- O que você acha que mudou em sua vida depois que aprendeu a ler e escrever?
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5- Se as pessoas não soubessem ler e escrever, o mundo seria melhor ou pior? Por quê? ____________________________________________________________________________________
6- No mundo atual, as pessoas que sabem ler e escrever têm mais oportunidades de progredir. Você acha justo que muitas pessoas não consigam ir à escola? Como se pode mudar tal coisa?
7- Que tipo de livros a turma gostaria de encontrar numa biblioteca?
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8- Como deve ser o espaço de uma biblioteca ideal?
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segunda-feira, 22 de abril de 2013
Asa branca
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chores não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos seus olhos
Se espalha na plantação
Eu te asseguro
Não Chores não, viu?
Que eu voltarei, viu meu coração.
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chores não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos seus olhos
Se espalha na plantação
Eu te asseguro
Não Chores não, viu?
Que eu voltarei, viu meu coração.
Descritor 12-Estabelecer relações de causa/consequência entre partes e elementos do texto
O narrador deu adeus a Rosinha porque
A) a asa branca bateu asas do sertão.
B) a seca se abateu sobre o sertão e não tinha como viver lá.
C) o narrador não aguentou viver sem seu alazão.
D) o narrador perdeu seu gado.
domingo, 21 de abril de 2013
Pontuação
O Bazar da Pontuação
No tal bazar encontraram os SINAIS DE PONTUAÇÃO, arrumados em caixinhas de madeira, com rótulos na tampa. Emília abriu uma e viu só VÍRGULAS dentro.
— Olhem que galanteza! — exclamou. — Vírgulas, Vírgulas e mais Vírgulas! Parecem bacilos do cólera-morbo, que Dona Benta diz serem virgulazinhas vivas.
Emília despejou um monte de Vírgulas na palma da mão e mostrou-as ao rinoceronte.
Emília despejou um monte de Vírgulas na palma da mão e mostrou-as ao rinoceronte.
— Essas Vírgulas servem para separar as Orações, as Palavras e os Números — explicou ele. — Servem sempre para indicar uma pausa na frase. A função delas é separar de leve.
Emília soprou o punhadinho de Vírgulas nas ventas de Quindim e abriu a outra caixa. Era a do PONTO E VÍRGULA.
— E estes, Quindim, estes casaizinhos de Vírgula e Ponto?
— Esses também servem para separar. Mas separar com um pouco mais de energia do que a Vírgula sozinha.
Emília despejou no bolso de Pedrinho todo o conteúdo da caixa.
— E estes aqui? — perguntou em seguida, abrindo a caixinha dos DOIS PONTOS.
— Esses também servem para separar, porém com maior energia do que o Ponto e Vírgula.
Metade daqueles Dois Pontos foram para o bolso do menino. Emília abriu uma nova caixa.
— Oh, estes eu sei para que servem! — exclamou ela, vendo que eram PONTOS FINAIS. — Estes separam duma vez — cortam. Assim que aparece um deles na frase, a gente já sabe que a frase acabou. Finou-se. . .
Em seguida abriu a caixa dos PONTOS DE INTERROGAÇÃO.
Em seguida abriu a caixa dos PONTOS DE INTERROGAÇÃO.
— Ganchinhos! — exclamou. — Conheço-os muito bem. Servem para fazer perguntas. São mexeriqueiros e curiosíssimos. Querem saber tudo quanto há. Vou levá-los de presente para Tia Nastácia.
Depois chegou a vez dos PONTOS DE EXCLAMAÇÃO.
Depois chegou a vez dos PONTOS DE EXCLAMAÇÃO.
— Viva! — gritou Emília. — Estão cá os companheiros das Senhoras Interjeições. Vivem de olho arregalado, a espantar-se e a espantar os outros. Oh! Ah!!! Ih!!!
A caixinha imediata era a das RETICÊNCIAS.
— Servem para indicar que a frase foi interrompida em certo ponto — explicou Quindim.
— Não gosto de Reticências — declarou Emília. — Não gosto de interrupções. Quero todas as coisas inteirinhas — pão, pão, queijo, queijo — ali na batata! — e, despejando no assoalho todas aquelas Reticências, sapateou em cima.
Depois abriu outra caixa e exclamou com cara alegre:
Depois abriu outra caixa e exclamou com cara alegre:
— Oh, estes são engraçadinhos! Parecem meias-luas. . . Quindim explicou que se tratava dos PARÊNTESES, que servem para encaixar numa frase alguma palavra, ou mesmo outra frase explicativa, que a gente lê variando o tom da voz.
— E aqui, estes pauzinhos? — perguntou Emília, abrindo a última caixa.
— São os TRAVESSÕES, que servem no começo das frases de diálogo para mostrar que é uma pessoa que vai falar. Também servem dentro duma frase para pôr em maior destaque uma Palavra ou uma Oração.
— Que graça! — exclamou Emília. — Chamarem Travessão a umas travessinhas de mosquito deste tamanhinho! Os gramáticos não possuem o “senso da medida”.
Quindim olhou-a com o rabo dos olhos. Estava ficando sabida demais...
Monteiro Lobato – Emília no País da
CONHECENDO O TEXTO:
1) Responda:
a) Quem é o autor do texto?
b) De que trata o texto?
c) Quais são as personagens?
2) Você sabe:
a) Para que serve a vírgula?
b) Para que servem os travessões?
c) Que sinal indica que a frase foi interrompida?
d) Qual é o sinal usado para encaixar numa frase alguma palavra ou mesmo outra frase explicativa?
3) Relacione as personagens com o que se diz sobre elas:
a) Foi Quindim quem despejou um monte de Vírgulas na palma da mão?
b) Quem foi mesmo que explicou sobre as Reticências?
c) Foi Pedrinho quem achou que Emília estava ficando sabida demais?
4) Ao abrir as caixas dos Pontos Finais e dos Pontos de Interrogação, o que Emília disse sobre eles?
sábado, 20 de abril de 2013
Relógio do sol
Relógio de Sol
Você vai precisar de:
- 1 vaso
- 1 lápis
- massa de modelar
- cartolina
- cola.
Como fazer:
1. Passe o lápis pelo furo do vaso e prenda-o com a massa de modelar.
2. Risque um círculo na cartolina, maior que o fundo do vaso.
3. Recorte-a e faça um furo no centro.
4. Cole o círculo no pote, passando o lápis pelo.
5. Numa manhã, ponha o relógio no Sol. De hora em hora, marque a sombra do lápis no papel. Escreva as horas dentro de cada marca.
Obs.: Nos dias seguintes, coloque o relógio no mesmo lugar e na mesma posição. Daí, veja as horas pela sombra do lápis na cartolina.
Atenção! Nunca mude o relógio de lugar ou posição.
1. Na construção deste relógio de Sol, o que funciona como ponteiro?
(A) O vaso.
(B) A sombra do lápis.
(C) A cartolina.
(D) O círculo.
2. Por que não é pedido para fazer o furo no vaso?
(A) Porque o furo não vai ser usado.
(B) Porque o vaso utilizado já era furado.
(C) Porque o lápis não precisa passar pelo furo.
(D) Porque o círculo tampou o furo do vaso.
3. A finalidade desse texto é:(A) dar informações sobre relógio de Sol.
(B) contar a história do relógio de Sol.
(C) ensinar a fazer um relógio de Sol.
(D) vender o relógio de Sol.
4.Este texto é :
(A) uma noticia.
(B) um convite.
(C) instrucional.
(D) poema.
Você vai precisar de:
- 1 vaso
- 1 lápis
- massa de modelar
- cartolina
- cola.
Como fazer:
1. Passe o lápis pelo furo do vaso e prenda-o com a massa de modelar.
2. Risque um círculo na cartolina, maior que o fundo do vaso.
3. Recorte-a e faça um furo no centro.
4. Cole o círculo no pote, passando o lápis pelo.
5. Numa manhã, ponha o relógio no Sol. De hora em hora, marque a sombra do lápis no papel. Escreva as horas dentro de cada marca.
Obs.: Nos dias seguintes, coloque o relógio no mesmo lugar e na mesma posição. Daí, veja as horas pela sombra do lápis na cartolina.
Atenção! Nunca mude o relógio de lugar ou posição.
1. Na construção deste relógio de Sol, o que funciona como ponteiro?
(A) O vaso.
(B) A sombra do lápis.
(C) A cartolina.
(D) O círculo.
2. Por que não é pedido para fazer o furo no vaso?
(A) Porque o furo não vai ser usado.
(B) Porque o vaso utilizado já era furado.
(C) Porque o lápis não precisa passar pelo furo.
(D) Porque o círculo tampou o furo do vaso.
3. A finalidade desse texto é:(A) dar informações sobre relógio de Sol.
(B) contar a história do relógio de Sol.
(C) ensinar a fazer um relógio de Sol.
(D) vender o relógio de Sol.
4.Este texto é :
(A) uma noticia.
(B) um convite.
(C) instrucional.
(D) poema.
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