domingo, 19 de maio de 2013

O caipira

O caipira andava ao longo da estrada seguido de dez cavalos. Nisso vem um automóvel e o motorista grita para o caipira:
- Você tem dez. Mas eu tenho duzentos e cinquenta cavalos! - E- vrrrruuuu!- saiu em disparada!
O caipira continuou seu passo. E lá na frente estava o carro virado dentro do rio, ao lado da ponte.
Aí o caipira falou para o motorista: - Oi, cumpade! Dando água pra tropa, é?

ZIRALDO. As Últimas Anedotinhas do Bichinho da Maçã. São Paulo: Melhoramentos, 2008



Música-Família



Família! Família!


Papai, mamãe, titia
Família! Família!
Almoça junto todo dia
Nunca perde essa mania...
 
Mas quando a filha
Quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe
Não dão nem um tostão...
Família! Família!
Vovô, vovó, sobrinha
Família! Família!
Janta junto todo dia
Nunca perde essa mania...
Mas quando o nenêm
Fica doente
Procura uma farmácia de plantão
O choro do nenêm é estridente!
Assim não dá pra ver televisão...
Família! Família!
Cachorro, gato, galinha
Família! Família!

Vive junto todo dia
Nunca perde essa mania...
A mãe morre de medo de barata
O pai vive com medo de ladrão
Jogaram inseticida pela casa
Botaram cadeado no portão...
Família! Família!

                                                                Composição: Arnaldo Antunes / Toni Bellotto


1.    “Precisa descolar um ganha pão”, o que esta frase quer dizer:
a)      Que esta com um pão colado na mão;
b)      Precisa arrumar dinheiro;
c)       Necessita arrumar um emprego;
d)      Deve pedir esmolas;


2.  Quando o bebê fica doente o que a faz a família:
a)      Leva o bebê ao médico;
b)      Procura uma farmácia de plantão;
c)       Não assiste televisão;
d)      Dá um remédio qualquer pra parar de chorar;

 


terça-feira, 14 de maio de 2013

A regreção da redassão

A Regreção da redassão

“Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever:
_ Mas, minha senhora –desculpe-me -, eu não sou professor.
_ Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.
_ A culpa não é deles. A falha é do ensino.
_ Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.
_ Obrigado – agradeci -, mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas e nunca sei onde botar os acentos.
A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.
[...]
Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu:” Você não deve se assustar, o estudante
brasileiro não escrever. Passei a observar e notei que já não se escreve em portas de banheiros, em muros, em
paredes. [...]
_ Quer dizer –disse a um amigo enquanto íamos pela rua –que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isto é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante o emprego por mais dez anos.
_ Engano seu – disse ele. – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.
_ Por quê? Espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chances eu tenho de sobreviver.
_ E você sabe por que essa geração não sabe escrever?
_ Sei lá – dei com os ombros -, vai ser que é porque não pega direito no lápis.
_ Não, senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o hábito da leitura. E quando o perder completamente, você vai escrever para quem?
_ Taí um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar num açougue.[...] Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim quem oferece hoje bilhete de loteria:
_ Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.
_ Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio. [...]
_ E o senhor, vai? Leva três e paga um.
_ Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.
Assustou-se com o tamanho do texto.
_ O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo pra ler tudo isso? Não dá para resumir tudo em cinco linhas? [...]
Não há dúvidas: o estudante brasileiro não sabe escrever. Não sabe escrever porque não lê. E não lendo, também desaprende a falar [...]
[...] Os estudantes não escrevem, não leem, não falam, não pensam. Tudo isso me faz pensar que estamos muito mais perto do que se imaginava da Idade da Pedra. A prosseguir nessa gravação, ou a regredir nessa progressão, não demora muito, estaremos todos de tacape na mão reinventando os hieróglifos. Neste dia, então, a palavra escrever ganhará uma nova grafia: ex-crever.”
(NOVAES, Carlos Eduardo. Os mistérios do aquém. 2a edição. Rio de Janeiro: Nórdica

A Importância da Pontuação

A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO


    
Um milionário redigiu seu testamento desta forma:
"Deixo a minha fortuna para o meu irmão não para o meu sobrinho jamais para o meu advogado nada para os pobres."

        Como se , ninguém entendeu, porque não há nenhuma pontuação e houve enorme confusão entre os interessados na herança.
        O irmão achou que o certo seria assim:
"Deixo minha fortuna para o meu irmão; não para o meu sobrinho, jamais para o meu advogado, nada para os pobres."

        Veio o sobrinho e disse que o certo era:
"Deixo a minha fortuna: para o meu irmão, não; para o meu sobrinho; jamais para o meu advogado, nada para os pobres."

        Por sua vez, o advogado sustentou que a redação era:
"Deixo a minha fortuna: para o meu irmão, não; para o meu sobrinho, jamais; para o meu advogado, nada para os pobres."

        Finalmente, um defensor dos pobres disse que o certo na realidade era:
"Deixo a minha fortuna: para o meu irmão, não; para o meu sobrinho, jamais; para o meu advogado, nada; para os pobres."

        E o desfecho da história? Também temos curiosidade de sabê-lo... De qualquer forma, fica o lembrete:
         Aprenda a pontuar e, quando redigir seu testamento, pontue-o convenientemente, sem criar charadas para os impacientes herdeiros.

domingo, 12 de maio de 2013

Tirinha

Assinale o trecho do diálogo que apresenta um registro informal, ou coloquial, da linguagem.
a) “Tá legal, espertinho! Onde é que você esteve?!”
b) “E lembre-se: se você disser uma mentira, os seus chifres cairão!”
c) “Estou atrasado porque ajudei uma velhinha a atravessar a rua...”
d) “...e ela me deu um anel mágico que me levou a um tesouro”

Resposta correta: primeira letra do alfabeto.

Diálogo

Duas amigas conversando no msn

Pati: oi miga td bem? J
Jô: oi J td blz
Pati: vc pode tc?
Jô: naum mto. to estudando
Pati: ta
Pati: vc vai no cinema hj?
Jô: vô
Pati: ok!!! a gente se encontra na frente do Mac bele?
Jô: blz té +
Pati: té bjs

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Sumiço -Marcas linguisticas

Sumiço

  Desesperado, o chefe olha para o relógio, e já não acreditando que um funcionário chegaria a tempo de fornecer uma informação importantíssima para uma reunião, liga para o tal:
  — Alô! – atende uma voz de criança, quase sussurrando.
  — Alô. Seu papai está?
  — Tá... – ainda sussurrando.
  — Posso falar com ele?
  — Não. – disse a criança bem baixinho.
  Meio sem graça, o chefe tenta falar com algum outro adulto:
  — E a sua mamãe? Está aí?
  — Tá.
  — Ela pode falar comigo?
  — Não. Ela tá ocupada.
  — Tem mais alguém aí?
  — Tem... – sussurra.
  — Quem?
  — O “puliça”.
  Um pouco surpreso, o chefe continua:
  — O que ele está fazendo aí?
  — Ele tá conversando com o papai, com a mamãe e com o “bombelo”...
  Ouvindo um grande barulho do outro lado da linha, o chefe pergunta assustado:
  — Que barulho é esse?
  — É o “licópito”.
  — Um helicóptero?
  — É. Ele “tlosse” uma equipe de busca.
  — Minha nossa! O que está acontecendo aí? – o chefe pergunta, já desesperado.
  E a voz sussurra com um risinho safado:
  — Eles tão me “puculando”.
http://criancas.uol.com.br/piadas/piadas_criancas.jhtm. Acesso em 05//08/2007. (P08306SI)


 Questões

Nesse texto, a palavra “sussurrando” indica que o menino falava
A) agitado.
B) assustado
C) baixo.
D) sério.

Pode-se deduzir do texto que a criança
A) queria enganar o chefe do pai.
B) foi raptada por alguém.
C) escondeu-se dos pais.
D) está perdida.

      Na frase “– Tem mais alguém aí?”, o verbo empregado representa uma marca de
A) registro oral formal.
B) registro oral informal.
C) falar regional.
      D) falar caipira




quarta-feira, 8 de maio de 2013

Aprendendo sobre linguagem formal e linguagem informal

Qual a sua opinião? Será que utilizamos a mesma forma tanto para falar quanto para escrever?

Certamente que sua resposta foi “não”. Mas afinal, por que isso acontece?

Como você sabe, convivemos em uma sociedade na qual trocamos experiências com as outras pessoas a todo o momento, seja para ensinar ou para aprender com elas. E esta troca de experiências só é permitida porque podemos utilizar de um recurso muito precioso – a linguagem. Ao falar, usamos a linguagem oral, e para escrever, a linguagem escrita.

Mas é justamente aí que precisamos saber diferenciá-las, pois durante a fala, tomamos algumas atitudes que não são permitidas no momento da escrita. Vamos citar algumas?
Imagine-se conversando com um amigo... você usa gestos, faz algumas pausas, provoca aquele suspense, e até pode usar algumas gírias da “hora”, não é mesmo? E naquele bate papo na Internet? Já sei! Quis aproveitar ao máximo aquele momento e resolveu abreviar as palavras, não foi? Sem problemas, seu amigo compreenderá tudo perfeitamente.

Reverta a situação, pois neste momento irá imaginar que precisa fazer aquela redação que a professora solicitou, ou que precisa se comunicar com o diretor de sua escola. É hora de colocar em prática todo seu conhecimento no que se refere à ortografia das palavras, à construção dos parágrafos, de modo que as ideias se apresentem claras ao leitor, e para que isto aconteça, é preciso escolher cuidadosamente as palavras. Percebeu quanta diferença?!
A partir destes exemplos, entendemos agora a diferença que há entre as duas modalidades, ou seja, linguagem informal é aquela presente nas conversas do dia a dia, permitindo que utilizemos daquela infinidade de recursos. Já a linguagem formal é um pouco mais complexa, pois está relacionada ao que chamamos de padrão formal, isto é, aquele estilo que é comum a todos nós. Dizemos que é comum pelo fato de que precisamos conhecê-lo bem, e este conhecimento é adquirido de acordo com nossos estudos no que se refere a tudo aquilo que a gramática nos revela por meio das aulas de Língua Portuguesa e, principalmente, com o hábito pela leitura e a prática da escrita.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Escola Kids

Simulado - 21 questões

http://www.anossaescola.com/cr/testes/dulcilene/provabrasilportuguesbloco1e2nonoano2011.htm

domingo, 5 de maio de 2013

simulados

http://www.professoracarol.com/Paginas/SIMULADOS.html

mãe

FILHA. “Minha querida menina, no dia que você perceber que estou envelhecendo, eu peço a você para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando. Se quando conversarmos, eu repetir a mesma coisa dezenas de vezes, não me interrompa dizendo: “Você disse a mesma coisa um minuto atrás”. Apenas ouça, por favor. Tente se lembrar das vezes quando você era uma criança e eu li a mesma história noite após noite até você dormir. Quando eu não quiser tomar banho, não se zangue e não me encabule. Lembra de quando você era criança eu tinha que correr atrás de você dando desculpas e tentando colocar você no banho? Quando você perceber que tenho dificuldades com novas tecnologias, me dê tempo para aprender e não me olhe daquele jeito...lembre-se, querida, de como eu pacientemente ensinei a você muitas coisas, como comer direito, vestir-se, arrumar seu cabelo e lhe dar com os problemas da vida todos os dias...o dia que você ver que estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, mas acima de tudo, tentar entender pelo o que estarei passando. Se eu ocasionalmente me perder em uma conversa, dê-me tempo para lembrar e se eu não conseguir, não fique nervosa, impaciente ou arrogante. Apenas lembre-se, em seu coração, que a coisa mais importante para mim é estar com você. E quando eu envelhecer e minhas pernas não me permitirem andar tão rápido quanto antes, me dê sua mão da mesma maneira que eu lhe ofereci a minha em seus primeiros passos. Quando este dia chegar, não se sinta triste. Apenas fique comigo e me entenda, enquanto termino minha vida com amor. Eu vou adorar e agradecer pelo tempo e alegria que compartilhamos. Com um sorriso e o imenso amor que sempre tive por você, eu apenas quero dizer, eu te amo minha querida filha.” abraços Mamãe Via: "Poder não é pra quem quer, é pra quem pode".